Saber em Ação 2020: educadores se preparam para o ano letivo que tem início no dia 27 de janeiro em todas as escolas da rede em São Paulo
Por: Karina Costa, Núcleo de Comunicação
17/01/202014:55- atualizado às 12:38 em 20/01/2020
A rede escolar SESI-SP atua na perspectiva de assegurar a formação integral dos alunos, considerando suas potencialidades, vivências e valores. Para garantir a concretude dessa proposta, reunirá todos os professores e agentes educacionais das 144 escolas mantidas pela instituição para uma semana formativa, de 20 a 24 de janeiro, em que se dedicam a pensar e a debater sobre todas as questões que refletem no processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
A implantação da Base Nacional Comum Curricular, o Desenho Universal para Aprendizagem e o desenvolvimento das Competências e Habilidades Socioemocionais, incorporadas na atuação da rede escolar a partir de 2020, permearão as discussões do Saber em Ação, cujo público são diretores, coordenadores pedagógicos, bibliotecários, analistas de suporte de informática, estagiários e professores da rede.
“É no Saber em Ação que os professores começam a planejar o ano letivo, por meio dos princípios da rede. Para 2020 queremos intensificar o ensino por meio de práticas inovadoras, equitativas e tecnológicas, investindo em formação, na discussão coletiva sobre as melhores práticas pedagógicas e na disseminação da importância em reconhecer os processos cognitivos que nossos alunos acessam para a aprendizagem”, afirma a gerente de Educação Básica da rede escolar SESI-SP, Ivy Sandim.
Também estarão reunidos em comitês de estudos e planejamento para o ano letivo, as equipes de nutrição, com assuntos voltados para a alimentação escolar e estudo sobre mindfulness eating, como proposta de atenção plena na alimentação dos alunos; e os inspetores, com formação focada na temática da inclusão e mediação de conflitos. Cada time em sua escola, pensando intimamente no seu plano de gestão, simultaneamente, e conectados em rede, se valendo de recursos online para interação.
As transformações da rede escolar SESI-SP em 2020
Se em 2019 a rede escolar atuou na implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) - determinante do conjunto de aprendizagens essenciais a que todos os estudantes têm direito-, este ano a instituição avança: projeta e caminha para a concretização de uma escola em que os estudantes tenham a oportunidade de construir os próprios conhecimentos, possam expor seu pensamento crítico e reflexivo, tenham abertura para reflexão, diálogo e aprendizado sobre suas próprias emoções; um lugar em que os professores mediam saberes, e atuam em parceria com os demais educadores, a fim de dar sentido ao ensino e aprendizagem de seus alunos. E para que esta linha de atuação seja possível foram realizadas mudanças curriculares significativas e que serão apresentadas na semana de formação.
Desenho Universal para Aprendizagem
Alinhada à proposta do SESI-SP de garantir a formação integral dos alunos, considerando a diversidade, a implantação prevê desenvolver as potencialidades dos estudantes a partir de estratégias didáticas que incentivem a motivação, autonomia e a comunicação eficiente para todos.
Desenvolvimento das Competências Socioemocionais
Na rede escolar SESI-SP, o desenvolvimento das competências será incorporado no currículo escolar numa perspectiva de união das habilidades cognitivas e intelectuais e socioemocionais. Por exemplo, em Matemática, instigadas pela necessidade da resolução de problemas; em Filosofia, quando os alunos são desafiados a desenvolver a capacidade de argumentação; em Língua Portuguesa, a partir de textos que possibilitem momentos de escuta, respeito e outros elementos capazes de auxilia-los a entender questões como o bullying, preconceitos; e por meio de outras conexões que estimulem o aluno no desenvolvimento de competências como protagonismo, autonomia, responsabilidade e criatividade.
Novos componentes curriculares
Serão incorporadas Programação e Robótica na perspectiva STEAM, metodologia que une tecnologia, arte, matemática e engenharia. As aulas serão ministradas em todas as séries escolares. E, distribuídas em diferentes séries, também vão compor o currículo Práticas Filosóficas, a fim de estimular o diálogo, o debate, o autoconhecimento e a interação; Práticas Sociais e Culturais, numa abordagem de aprendizagem baseada em projetos (Project-Based Learning - PBL); e Cultura Corporal Esportiva que, por meio dos esportes e de seus valores, visa ampliar e estimular as vivências corporais desses estudantes. “Integram-se ao currículo aprendizagens ativas que estimulam o aluno ao protagonismo, abordagens inovadoras, que conversam com as características dos alunos e das novas demandas sociais, e ainda a valorização do professor como mediador da aprendizagem”, ressalta Ivy.
Professores cocriadores
Começando pelo encontro Saber em Ação, em 2020 os professores que integram a rede de ensino começam um movimento de planejar aulas em conjunto, a fim de desenvolverem os mesmos temas e habilidades, culminando num ensino mais significativo. “A proposta é que por meio do trabalho colaborativo e que explore as áreas do conhecimento, nossos alunos possam realizar todas as conexões possíveis geradas pela relação existente entre os componentes curriculares e os conhecimentos prévios que já possuem”, explica a gerente de Educação Básica.
As mudanças constantes na educação, na sociedade, impulsionaram essas e outras decisões da rede escolar SESI-SP. “A BNCC prevê o que precisa acontecer. O “como” deve acontecer, a operacionalização é pensada pela escola. A instituição optou por uma formação prevendo que os alunos tenham vivências, experiências de “mão na massa”, do fazer, criar e construir coisas”, exemplifica Luis Paulo Martins, supervisor Técnico Educacional, da área de Currículo, Inovação e Recursos Didáticos da instituição.
Lembrando que, apesar das transformações propostas ao longo dos anos, a rede escolar SESI-SP garante as aprendizagens pautadas pelos componentes curriculares. “Não queremos que nossos alunos decorem conceitos e os reproduzam, mas que possam também construir o próprio conhecimento, entendendo que, como sujeitos sociais, possuem autonomia e competência para reconstruir, compreender e atuar nos seus processos de aprendizagens e de vida”, explica Juliana Prezia, supervisora Técnico Educacional da área de Formação de Professores e Equipe Escolar do SESI-SP.